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Glutathione-responsive polypeptide nanogel encapsulates Shikonin forbreast cancer therapy

O artigo apresenta o desenvolvimento de um nanogel polipeptídico responsivo ao glutationa (GSH) para encapsular a Shikonina (SHK), visando potencializar sua ação antitumoral no tratamento do câncer de mama. Os pesquisadores sintetizaram o copolímero metilado de poli(óxido de etileno)-poli(fenilalanina)-poli(cistina) (mPPC), que demonstrou excelente biocompatibilidade e capacidade de liberação controlada da SHK na presença de altos níveis de GSH, característicos do microambiente tumoral. O nanogel mPPC/SHK apresentou uma taxa de inibição tumoral de 69,97% no modelo de câncer de mama 4T1, melhorando a entrega direcionada da SHK com redução de seus efeitos adversos e potencialização da eficácia terapêutica.

A citotoxicidade in vitro demonstrou que o mPPC/SHK induziu significativamente a apoptose em células 4T1, com uma taxa de viabilidade reduzida. Estudos de biodistribuição em camundongos mostraram que o nanogel permaneceu no tumor por longos períodos, aumentando a eficácia terapêutica. A avaliação in vivo também confirmou um aumento significativo na sobrevida dos animais tratados.

A taxa de liberação de SHK em PBS sem GSH foi 30,6% em 60h. Na presença de 10,0 mM de GSH, a liberação aumentou para 73,2%, confirmando a responsividade do nanogel ao ambiente tumoral, com p < 0,001, confirmando a diferença entre os grupos.

O mPPC/SHK apresentou um IC50 de 0,618 µg/mL, enquanto a SHK livre teve IC50 de 0,406 µg/mL, demonstrando que o nanogel mantém a eficácia do fármaco. Teste MTT mostrou redução progressiva da viabilidade celular, sendo que após 12h de exposição, a apoptose celular aumentou significativamente (p < 0,05).

O estudo de fluorescência indicou que o mPPC-Cy5 manteve-se no tumor por até 168h, enquanto a SHK livre apresentou dispersão rápida. A fluorescência no tumor: mPPC-Cy5 foi 1,88 vezes maior que Cy5 livre após 6h, e 2,14 vezes maior após 48h, indicando alta retenção pelo efeito EPR, além da redução na captação hepática, demonstrando menor toxicidade sistêmica.

O mPPC/SHK apresentou uma taxa de inibição tumoral de 69,97%, enquanto a SHK livre inibiu apenas 47,06% do crescimento tumoral. Com isso, o peso tumoral foi significativamente menor no grupo tratado com mPPC/SHK (p < 0,05), e a sobrevida dos camundongos tratados com mPPC/SHK foi prolongada para 48 dias.

A liberação controlada da SHK no microambiente tumoral permitiu maior concentração da droga no local alvo, reduzindo efeitos colaterais e melhorando a eficácia (69,97% de inibição tumoral).

Os dados estatísticos suportam a eficácia do mPPC/SHK como um nanocarreador responsivo ao microambiente tumoral, aumentando significativamente a inibição tumoral, melhorando a biodistribuição e reduzindo a toxicidade sistêmica. Os resultados são robustos e indicam um avanço significativo na nanotecnologia aplicada ao tratamento do câncer de mama.

Fonte: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1549963425000012?via%3Dihub