Recentemente aprovado pela ANVISA, a combinação de imunoterapias relatlimab e nivolumab em pacientes com melanoma ressecável.
O artigo “Neoadjuvant relatlimab and nivolumab in resectable melanoma” publicado na revista Nature em 3 de novembro de 2022, explora os efeitos da combinação de imunoterapias relatlimab e nivolumab em pacientes com melanoma ressecável. A pesquisa aborda a eficácia e segurança dessa combinação em comparação com terapias tradicionais, como o uso de nivolumab isoladamente ou em conjunto com ipilimumab.
O tratamento neoadjuvante, que é administrado antes da cirurgia, pode oferecer benefícios significativos, incluindo a potencial melhoria dos resultados clínicos e a melhor compreensão dos mecanismos moleculares e imunológicos da resposta ao tratamento.
Essa combinação, evidencia uma taxa de resposta patológica completa de 57% e uma taxa geral de resposta patológica de 70%, indicando que essa combinação não apenas melhora a resposta patológica em comparação com terapias anteriores, mas também mantém um perfil de segurança favorável.
Um dado interessante foi a infiltração de células imunes no início do tratamento e a redução de macrófagos M2 durante o tratamento, associadas à resposta patológica.
O Relatlimab é um anticorpo monoclonal que bloqueia LAG-3, um ponto de controle imunológico que limita a atividade das células T, enquanto que o nivolumab é um inibidor de PD-1, usado para ativar as células T contra o câncer.
O estudo foi conduzido em um contexto onde há uma crescente aceitação e uso de imunoterapias no tratamento de cânceres avançados. A combinação de novos agentes imunoterapêuticos está sendo explorada para melhorar os resultados em comparação com terapias convencionais ou monoterapias.
Concluindo, o artigo “Neoadjuvant relatlimab and nivolumab in resectable melanoma” apresenta uma combinação inovadora de imunoterapias que mostra grande promessa em melhorar as taxas de resposta patológica e a sobrevida em pacientes com melanoma ressecável. A pesquisa detalhada e os resultados encorajadores destacam a importância de explorar novas estratégias terapêuticas que possam oferecer benefícios significativos com perfis de segurança manejáveis. Este estudo não só contribui para o campo da oncologia, mas também abre portas para futuros avanços no tratamento do melanoma.